WSL: A onda que tornou o tour "dos sonhos"
Dentre as mais de 17 mil ilhas da IndonĂ©sia, Ă© na de Java que se esconde um dos lugares mais mĂsticos do surfe. Durante dĂ©cadas, todos falam de Grajagan Bay, pico que demarcava o Ășltimo ponto de selva javanesa o que indicava a existĂȘncia de tigres na areia, ratazanas por toda parte e distante por centenas de quilĂŽmetros da civilização.
G-Land, uma mistura de abreviação do nome indonĂ©sio com uma flexĂŁo em inglĂȘs foi adotada por australianos e americanos ainda na dĂ©cada de 70, quando foi descoberta.
AtraĂdos pelos pelos tubos extensos a esquerda, com duração, em mĂ©dia, de 10 segundos.
Tempo bastante numa mesma onda que chamou atenção da recĂ©m-formada Associação de Surfistas Profissionais, a ASP, que levou uma etapa do campeonato em 1995 e teve como campeĂŁo Kelly Slater - que tambĂ©m participarĂĄ dessa nova etapa. Abaixo o vĂdeo mostra um resumo do que foi esse primeiro evento:
Em um campeonato com mar alinhado e sĂ©ries perfeitas, a sequĂȘncia de dias consistentes de altas ondas (de 3 a 4 metros) deu a circuito mundial de surfe a fama de âdream tourâ. O sonho volta a ser a partir desse sĂĄbado (28) e com novidades: as mulheres surfarĂŁo pela primeira vez nessa onda.
Globoplay, canal da WSL no YouTube e site do circuito transmitem todos os dias a partir das 20h até o próximo dia 6 de junho.
MEDINA DE VOLTA
Essa Ă© a onda dos sonhos tambĂ©m para Gabriel Medina que volta ao circuito apĂłs passar a temporada fora. Alegando problemas, particulares o surfista volta justamente na etapa apĂłs o corte dos 10 Ășltimos surfistas no ranking - que disputarĂŁo o acesso na Challenger Series.
O acordo com a WSL torna o tricampeĂŁo mundial um convidado da liga para as cinco etapas finais. A matemĂĄtica para o surfista de Maresias se classificar nĂŁo Ă© simples. Ele precisarĂĄ de um vitĂłria em qualquer etapa, trĂȘs vices e um quinto lugar.
AlguĂ©m dĂșvida da capacidade dele pra conseguir esses resultados?
Outra novidade Ă© o retorno de mais um brasileiro, Yago Dora. Cinco meses apĂłs a lesĂŁo no pĂ© esquerdo o atleta ganhou a vaga graças a saĂda de Seth Moniz. O havaiano machucou o joelho e desde o inĂcio da temporada WSL havia informado que Yago seria o primeiro substituto pra segunda parte da temporada de 2022.
BRASILEIROS NA BRIGA
A primeira etapa pĂłs-corte terĂĄ a presença de oito brasileiros dentre os 24 surfistas (masculino) e Tatiana Weston-Webb como Ășnica representante do paĂs dentre as 12 mulheres.
Nesse novo formato hĂĄ dois rounds a menos e a grande novidade Ă© que em todas as baterias sĂł hĂĄ um vencedor. Emoção da primeira a Ășltima ação na ĂĄgua.
ALGUMAS BATIDAS
- Mundial de Longboard
A brasileira ChloĂ© Calmon e a havaiana Honolua Blomfield seguem uma duelo de longa data. Em 2017 e 2019, Honolua tirou os tĂtulos mundiais e na primeira etapa do Mundial de Longboard dessa temporada, mais uma vez ela se deu bem.
Na etapa de Sydney (GWM Sydney Surf Pro / Rip Curl) a brasileira vencia atĂ© a Ășltima onda e, no final da bateria, a havaiana fez o que era preciso. Virou o placar, que terminou 12,87 a 12,06 pontos.
Mesmo com a derrota na final, a brasileira tem bom inĂcio de temporada e ainda tem mais duas etapas para garantir o inĂ©dito tĂtulo mundial.
- Esportes e natureza na Prainha RJ
O Qualifying Series sulamericano campeonato que garante pontuação para o Challenger Series de 2023 marcarå o retorno do surfe a capital do Rio de Janeiro.
O terceiro evento Lay Back Pro patrocinado pela cervejaria do skatista olĂmpico Pedro Barros serĂĄ realizado na preservada Prainha, no Rio de Janeiro.
Para celebrar a volta de um QS após 11 anos, prefeitura e organização prometem pista de skate, aulas de jiu-jitsu e, claro, muito surfe durante os dias 15 a 19 de junho.