Usando conceitos do basquete, Inglaterra tem bola parada mais perigosa da Copa
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Com colaboração de LuĂs AraĂșjo e Pedro Carneiro
Na Ășltima semana, o companheiro Leonardo Miranda, do Painel TĂĄtico, escreveu sobre como o basquete e o handebol influenciaram a tĂĄtica de algumas equipes na primeira rodada da Copa do Mundo. E a influĂȘncia do basquete nĂŁo para quando a bola estĂĄ realmente parada, pelo menos para a Inglaterra.
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Antes da vitória por 6 a 1 contra o Panamå, o narrador britùnico Darren Fletcher revelou em uma coluna que tinha conversado com o técnico Gareth Southgate e o ex-jogador falou sobre o seu interesse no basquete. O grande interesse dele era em como o ataque consegue se movimentar o suficiente para deixar jogadores livres para arremessar mesmo com dez jogadores em uma årea tão pequena.
O interesse de Southgate no basquete é evidente nos escanteios da Inglaterra nos primeiros jogos da Copa do Mundo, principalmente contra o Panamå, em que då para ver vårios conceitos do esporte da bola laranja empregados para criar boas situaçÔes para os ingleses.
Primeiro, vamos pensar no esquema inglĂȘs de escanteio ofensivo. Dependendo da escalação, uma pequena parte muda. Quando Dele Alli estĂĄ em campo, ele fica com Sterling mais perto do gol. Se ele nĂŁo Ă© titular, o meia do Manchester City ocupa aquele espaço sozinho. Mas o fundamental do esquema Ă© o bolo de quatro jogadores formado um pouco antes da marca do pĂȘnalti. Contra o PanamĂĄ, quem apareceu mais por ali foram os meias Jordan Henderson e Ruben Loftus-Cheek, o zagueiro Harry Maguire e o artilheiro Harry Kane. E sempre começando fora da ĂĄrea estava o defensor John Stones.
No primeiro gol dos ingleses contra o Panamå, os quatro jogadores do bolo fazem corridas para lugares diferentes e abrem um espaço onde começaram a jogada. Com isso, eles deixam a årea para Stones, que vem de fora. Mas para a chegada de Stones é fundamental a participação de Ashley Young, que ajuda a bloquear o jogador panamenho que tentava marcar Stones e libera o companheiro para avançar e marcar o tento.
Em todo o desenrolar da jogada, då para perceber duas açÔes claras parecidas com o basquete que até se completam.
Quando um time de basquete tem um jogador muito decisivo, em muitas vezes os outros jogadores abrem o espaço para que ele trabalhe em isolamento e tenha mais espaço para penetrar no garrafão. E é justamente isso que os jogadores ingleses fazem para abrir para a chegada de Stones.
Além disso, ainda existe o bloqueio de Young no marcador de Stones, uma ação que acontece muito no basquete para tentar atrasar o adversårio ou trocar o marcador buscando um matchup mais favoråvel.
As tentativas de bloqueio aparecem ainda mais claras no lance que gerou o pĂȘnalti do quinto gol dos ingleses contra os panamenhos. Kane se posta na ĂĄrea com seu marcador, Maguire faz um movimento e fica atrĂĄs do capitĂŁo, forçando um contato natural com seus marcadores e quem acompanhava Loftus-Cheek, que aparece sozinho no segundo pau.
Por causa de toda a confusĂŁo, Henderson ainda fica desmarcado como uma opção de bola curta, mas o cobrados Trippier nĂŁo vĂȘ e acaba colocando na ĂĄrea. Stones e Kane sĂŁo puxados e o ĂĄrbitro marca pĂȘnalti.
Vale lembrar que assim como Loftus-Cheek ficou sozinho no Ășltimo exemplo foi justamente como Kane ficou desmarcado em dois escanteios contra a TunĂsia e marcou os dois gols da vitĂłria inglesa. No primeiro, ele completou para o gol apĂłs rebote do goleiro africano. E no segundo ele aproveitou um erro na zona feita pelo adversĂĄrio e ficou totalmente sozinho para salvar a Inglaterra de um resultado complicado.
Sempre é bom que um técnico se renove e busque quanto mais conhecimento puder para trazer para o seu esporte. E é bem legal ver treinadores procurando métodos em outros esportes e alcançarem bons resultados.
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