Torcedores do Marrocos lutam por ingressos antes de partida contra Espanha
Por Andrew Mills
DOHA (Reuters) - Marroquinos estavam voando para o Catar para a partida de oitavas de final da Copa do Mundo contra a Espanha nesta terça-feira, enquanto torcedores que jĂĄ estĂŁo no paĂs tentavam desesperadamente conseguir ingressos.
Ăltima equipe ĂĄrabe e africana ainda na Copa do Mundo, o Marrocos tem sido empurrado por alguns dos torcedores mais apaixonados do torneio, muitos dos quais vivem e trabalham no Catar e esperam ver sua seleção avançar para as quartas de final.
Mas as partidas do Marrocos tambĂ©m tĂȘm sido um teste para os organizadores. Houve tumultos do lado de fora do estĂĄdio enquanto torcedores sem ingressos se reuniam antes da vitĂłria contra o CanadĂĄ em 1Âș de dezembro, com alguns tentando escalar a cerca.
Antes do pontapĂ© inicial nesta terça-feira, a segurança parecia mais rĂgida do que em outros jogos, com fileiras de tropas de choque posicionadas no solo e a cavalo enquanto torcedores caminhavam em direção ao estĂĄdio.
Na noite de segunda-feira, mais de mil torcedores marroquinos se reuniram na bilheteria oficial, desesperados para assistir Ă partida contra a campeĂŁ de 2010. Jornalistas da Reuters viram pelo menos duas brigas e a tropa de choque se mobilizando.
Alguns disseram que vieram depois de ver publicaçÔes nas redes sociais dizendo que a embaixada marroquina e a associação de futebol distribuiriam ingressos gratuitos. A Reuters não conseguiu entrar em contato com a federação marroquina de futebol para comentar.
A embaixada marroquina disse ter distribuĂdo 500 ingressos para marroquinos que vivem no Catar. A pĂĄgina oficial do time de futebol marroquino no Facebook disse que a Fifa disponibilizou 5.000 ingressos extras para os torcedores do Marrocos.
Enquanto Marrocos, nas oitavas de final pela primeira vez desde 1986, chega como azarĂŁo, o apoio de seus torcedores barulhentos tem sido visto como um grande trunfo na primeira Copa do Mundo organizada por um estado ĂĄrabe.
(Reportagem adicional de Bushra Shakhshir e Imad Creidi, Charlotte Bruneau, Ahmed El Jechtimi em Rabat e Angus McDowall em Tunis)