Primeiro país da América Latina a iniciar vacinação, Chile imunizou apenas 0,5% da população
O Chile começou a vacinação contra o coronavírus em 24 de dezembro. Em 15 dias, apenas 0,5% da população do país recebeu a primeira dose do imunizante da Pfizer e da BioNTech.
Segundo dados do Ministério da Saúde do Chile, 10.656 pessoas receberam a vacina até a última quinta-feira, 7, sendo metade delas na capital do país, Santiago. A maior parte dos chilenos que tomaram a primeira dose do imunizante são profissionais da saúde.
O ministro da Saúde, Enrique Paris, classificou o processo de vacinação como um “esforço gigantes que todo o país fez”.
A velocidade da vacinação é baixa, enquanto o número de casos sobe no país. Nesta sexta-feira, 8, foram registrados 4,2 mil casos de infecção pelo coronavírus, maior índice desde junho. Ao mesmo tempo, o número de testes PCR realizados em 24 horas também foi recorde: 54 mil. 61 pessoas morreram, chegando ao número de 16.974 vítimas fatais da covid-19 no país.
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O número de casos ativos no país já passa dos 20 mil, com 873 pessoas internadas. Entre elas, 707 estão com ventilação mecânica e 72 em estado crítico. Os números são divulgados diariamente pelo ministério.
O governo do Chile promete imunizar toda a população de risco até o fim do primeiro trimestre, chegando a 5 milhões de vacinados. A expectativa é que até 30 de junho 15 milhões de chilenos tenham recebido algum dos imunizantes comprados pelo país. Além da vacina da Pfizer, o Chile também tem acordo com a SinoVac e AstraZeneca.
Para tentar diminuir os casos e se precaver da chegada de mutações do coronavírus, o Chile enrijeceu as medidas para entrada de pessoas que chegam de outros países. Todos os viajantes precisam apresentar um teste PCR antes de entrar no Chile, feito até 72 horas antes do embarque. A quarentena de 10 dias é obrigatória, mas pode ser diminuída a partir do sétimo dia, caso a pessoa realize um novo exame PCR.