Preocupação de que discurso de Lula incite violência entra no radar de militares
RESUMO DA NOTÍCIA
Bolsonaro reuniu comando militar na manhã deste sábado para avaliar cenários após a soltura do ex-presidente.
Mesmo a repercussão do discurso do petista em outros países está sob monitoramento, sobretudo na América Latina, onde há manifestações em países como Chile e Bolívia.
Em meio à libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após 580 dias de prisão, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) reuniu o comando militar na manhã desse sábado (9) a fim de avaliar o cenário. Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a avaliação entre os militares é que não há sinais de movimentos atípicos, ainda que haja a preocupação de que o discurso de Lula possa incitar a violência.
Na reunião, opinião do tipo foi expressada, por exemplo, pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. Em sua conta no Twitter, ele reforçou: “Lula, em seu discurso, mostra quem é e o que deseja para o país. Incita a violência (cita povo do Chile como exemplo), agride várias instituições, ofende o Pres Rep (presidente da república) e mostra seu total desconhecimento sobre carreira militar”, tuitou.
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Mesmo a repercussão do discurso do petista em outros países está sob monitoramento, sobretudo na América Latina, onde há manifestações em países como Chile e Bolívia. Uma das preocupações é a exaltação de ânimos na Bolívia, cujas forças armadas, em parte, decidiram retirar apoio ao presidente Evo Morales ao se recusar a conter protestos contrários ao governo.
Segundo o Estadão, participaram da reunião de pouco mais de meia hora deste sábado também o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica.