Foi definida a punição ao Carabobo, da Venezuela, por causa dos ataques racistas cometidos pelos seus torcedores contra a delegação do Atlético Mineiro na chegada ao Estádio Olímpico de la Universidad Central de Venezuela, palco da partida de ida da segunda fase da pré-Libertadores.

Após debates internos da Comissão Disciplinar da Conmebol, a entidade máxima do futebol da América do Sul informou ao clube eliminado pelos mineiros que a quantia de 100 mil dólares, cerca de R$ 523 mil na cotação atual, terá de ser paga em forma de punição. Há a possibilidade de entrar com recurso da decisão, tendo o prazo máximo de sete dias após a publicação da punição. Se a medida for mantida pela Conmebol, o valor será descontado da quantia que o Carabobo tem a receber por premiação e direitos de transmissão por sua participação nesta edição da Copa Libertadores da América.

Leia também:

• Maiores campeões da Copa Libertadores

• O Palmeiras não tem Mundial? Entenda a discussão

• Quando e onde acontece a Copa do Mundo Feminina?

O embasamento jurídico da Conmebol para a decisão foi o do Artigo 15, Parágrafo 2, do Código Disciplinar da Conmebol para 2023, onde é dito que: "Qualquer clube cujos torcedores insultarem ou atentarem contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivo a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será punido com uma multa de pelo menos cem mil dólares americanos. Em caso de reincidência, o infrator poderá ser punido com multa de quatrocentos mil dólares americanos".

Em vídeo publicado no perfil oficial do Atlético Mineiro no Twitter, é possível ver torcedores venezuelanos chamando os jogadores e membros da comissão técnica de "macaco" por mais de uma oportunidade. Nas imagens, se faz possível reconhecer os autores dos xingamentos.