Operação em MT mira quadrilha que tem 'abatedouro' e sequestrou e matou homem fotografado fazendo sinal de facção rival

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quinta-feira, uma operação que mira uma organização criminosa que atua no município de Barra dos Garças e é acusada de sequestrar um homem por ele ser sido fotografado fazendo o sinal de uma facção criminosa rival. A vítima, o trabalhador rural Diego Borges de Oliveira, de 28 anos, desapareceu em dezembro do ano passado. Os investigadores visam a cumprir cinco mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão.

Até as 10h, os agentes haviam apreendido dinheiro, drogas, armas, prendido quatro suspeitos e localizado uma ossada enterrada. Os restos mortais passarão por exames para identificar se eles são de Diego. Durante a ação — chamada de Argos, gigante da mitologia grega que tinha o corpo coberto de olhos —, os policiais estiveram também num imóvel que tinha a palavra "abatedouro" escrita numa das paredes.

A investigação do desaparecimento de Diego identificou cinco bandidos como os responsáveis pelo sequestro dele. Os suspeitos respondem pelos crimes de sequestro, homicídio e ocultação de cadáver.

— Através de uma situação de inteligência, realizada pela equipe, conseguimos encontrar o local onde teria sido colocado o corpo dele. A partir disso consuzimos outras diligências, nos deslocamos até uma mata fora da cidade e conseguimos achar um corpo enterrado — disse o delegado Pablo Borges Rigo, da 1ª DP (Barra do Garças).

Diego foi sequestrado na madrugada de 25 de dezembro, para um procedimento chamado de "averiguação" pelos bandidos. No dia seguinte ao sumição, o pai da vítima registrou um boletim de ocorrência e relatou que filho nunca ficava sem dar notícias. Parentes do trabalhador rural contaram ainda que foram informados, por uma ligação anônima, que o rapaz teria sido morto e tido o corpo ocultado.

A vítima trabalhava numa fazenda e deveria ter voltado ao trabalho dia 27 de dezembro, mas isso não aconteceu.