Mourão vê dificuldade em eleição de Lula, mas nega ameaça: “Se o povo quiser a volta do Lula, paciência”
O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), acredita que será difícil o ex-presidente Lula vencer as eleições presidenciais de 2022. Ao mesmo tempo, ele garantiu que, se acontecer, não haverá nenhum tipo de ruptura institucional.
“É aquela história: o povo é soberano. Se o povo quiser a volta do Lula, paciência. Acho difícil, viu, acho difícil”, declarou Mourão em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. A declaração foi feita na última quarta-feira, 10, mesmo dia em que Lula deu uma coletiva de imprensa.
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O petista recuperou os direitos políticos após decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que considerou a 13ª vara de Curitiba incompetente para julgar Lula. Todas as condenações sofridas pelo ex-presidente foram anuladas.
“Todo mundo pode ser candidato. Quanto ao ex-presidente Lula, nem me preocupo. Podem anular o processo, podem mudar o juiz do jogo, mas uma coisa para mim é clara. O ex-presidente Lula foi condenado em três instâncias por corrupção. Isso aí não muda”, afirmou o vice-presidente.
PANDEMIA
Na entrevista, Mourão também comentou sobre o uso político da pandemia do coronavírus. Ele admitiu que o governo federal também politicou a crise sanitária. “Essa pandemia foi usada politicamente tanto pelo nosso lado quanto pelas oposições. Esse uso político da pandemia é péssimo”, declarou.
Mourão voltou a dizer que, quando chegar a hora, tomará a vacina contra o coronavírus. O vice-presidente tem 67 anos. Ele ainda afirmou que, quando for a hora, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), 65 anos, também tomará o imunizante.
“O presidente tem a mesma visão que eu. Nós temos de nos vacinar quando chegar a nossa faixa etária. E não se vacinar na frente. Essa é a nossa visão”, afirmou. “Lógico que vou. Eu vou para a fila normal. Não vai vir ninguém aqui me vacinar não. Eu vou na fila do drive-thru.”
Sobre Bolsonaro, Mourão reforçou: “ele vai [se vacinar]. A mãe dele já foi vacinada. Lógico que ele vai”.