Mel Fire, produtora de conteúdo adulto, inicia sua jornada como streamer de games

Mel Fire (Foto: Divulgação)
Mel Fire (Foto: Divulgação)

Games são a indústria de entretenimento que mais cresce e, enquanto no passado eram vistos como coisas de crianças ou nerds, atualmente já fazem parte do cotidiano de muitas pessoas de diversas classes sociais e origens. Entre elas está a produtora de conteúdo adulto e atriz de mainstream Mel Fire que inicia sua caminhada como streamer de jogos eletrônicos.

Fire obteve sucesso no cinema adulto, tendo sido premiada no exterior além de atuar também em produções do cenário mainstream como o seriado Hard (2019-) da HBO Brasil. Em entrevista ao Yahoo Esportes, Fire fala de sua paixão pelos jogos da série Arkham de Batman ou a complexidade do título Hellblade (2017), além de como equilibra esta nova trajetória com o sucesso obtido em outras áreas.

Yahoo Esportes: Como foi seu primeiro contato com o mundo dos games?

Mel Fire: Comecei a jogar durante a pandemia. Sempre adorei fazer cosplay dos personagens, mas não foi até ganhar o primeiro notebook gamer e começar a jogar Batman que viciei, no final de 2020.

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Quando decidiu partir para atuar como streamer?

Logo nos primeiros dias com o notebook, fiz conta nas plataformas gamers e comecei a jogar. Foi uma terapia durante o tempo de caos que estava lá fora. Fazia live todos os dias, o que agora não acontece mais, pois voltei a não ter tanto tempo livre. Eu já era streamer de plataformas de câmera ao vivo, então não foi tão difícil assim.

Além de atuar em filmes pornôs, você também participa de produções mainstream como o seriado Hard da HBO. Como se deu essa transição?

Na verdade, foi ao contrário. Eu sou atriz mainstream com DRT (registro profissional) e acabei fazendo filmes adultos por opção. Ainda faço participações em produções de cinema e TV, gosto muito. Mas acho um mundo muito sofrido, onde não tem trabalho pra todo mundo e já sabemos que não é nem um pouco valorizado no Brasil.

O público de seu trabalho como streamer é diferente do público que a acompanha em outras áreas?

Mais ou menos. Algumas pessoas são fãs dos filmes e se divertem vendo esse lado geek. Outros são jogadores e se divertem vendo minhas bizarrices jogando. Mas no geral todos sabem dos filmes e nunca me preocupei em esconder isso.

Qual é seu game favorito e o que te atrai nele?

Pra mim a saga do Batman sempre será especial, pois foi o primeiro jogo que eu realmente joguei. Sou muito fã do personagem e da história, então fiquei muito feliz quando tive um notebook com as configurações necessárias pra rodar os jogos pesados. Hellblade também foi sensacional de jogar, se trata de uma guerreira viking com psicose, então o jogador lida com vozes na cabeça dela e criaturas que não são reais. Gosto particularmente de jogos de terror e quem assiste se diverte com meus gritos.

Mel Fire (Foto: Divulgação)
Mel Fire (Foto: Divulgação)

Você tem uma lista de cinco ou dez jogos favoritos?

Batman (Arkham Asylum), Hellblade, Heavy Rain, A Bruxa de Blair, são alguns que eu zerei. Tenho um squad (grupo) de Dead by Daylight, que é um jogo de terror co-op (cooperativo). Quero jogar God of War e Ghostwire: Tokyo.

Algo que já experimentou anteriormente foram as mensagens de ódio. Como streamer já as recebeu? Como lida com elas?

Eu completamente desconecto e ignoro, na maioria das vezes. Claro que existem dias que não estou bem e se vier uma mensagem dessas piora o dia. Porém, eu adoro rebater. E se for ao vivo, melhor ainda.

Você prepara o lançamento dos seus NFTs. O que pode falar deles?

Será uma experiência completamente nova pra mim! Existe um público muito grande no mundo das cryptos e os NFTs são uma maneira dos fãs terem algo valioso e exclusivo. Será uma coleção com 888 avatares únicos, com alguns itens raros e que são marca registrada minha. A coleção está linda!! Logo menos teremos o lançamento e acho que vai ser um sucesso!

Um dos seus hobbies é a prática de tiro. O que ela agrega em sua vida? Ela a ajuda quando joga um game shooter?

Eu sou péssima em games de tiro (risos). Mas no tiro esportivo vou bem, pra mim é uma terapia. Eu adoro participar de workshops de alta intensidade, tiro com pistola, cano longo, etc. Já atirei em vários países. Tenho um pezinho no mundo policial, então acho que o tiro acaba me deixando um pouco mais perto dele.

Além do tiro, é também praticante de artes marciais, o que pode falar desta experiência?

Também foi algo que eu ganhei durante a pandemia. Fui despretensiosa fazer uma aula de krav maga e acabei virando do jiu-jitsu. Me apaixonei! É uma terapia tanto mental quanto física. Nunca tinha tido contato nenhum com as artes marciais, eu antes praticava hipismo e fui procurar algo novo.