Um representante da federação de futebol do Irã pediu no domingo que os Estados Unidos sejam expulsos da Copa do Mundo de futebol por causa de postagens nas redes sociais que a federação alegou ter "desrespeitado" a bandeira do Irã.

A Federação de Futebol dos Estados Unidos atraiu a ira do Irã ao incluir uma bandeira adulterada do Irã em duas postagens em suas contas oficiais de mídia social no sábado. Um porta-voz do U.S. Soccer disse que a decisão de usar uma bandeira iraniana sem o emblema oficial do país e duas linhas de escrita islâmica em postagens no Twitter e no Instagram foi intencional e pretendia mostrar apoio às mulheres do Irã - um aceno aos protestos que agitou o Irã em casa e acompanhou sua seleção até a Copa do Mundo no Catar.

O Irã condenou a decisão de usar uma bandeira incorreta, que, segundo ele, violava os estatutos da Fifa, o órgão regulador global do futebol mundial.

“Respeitar a bandeira de uma nação é uma prática internacional aceita que todas as outras nações devem imitar”, disse Safia Allah Faghanpour, consultora jurídica da federação de futebol do Irã, em comentários divulgados por uma agência de notícias estatal semioficial do Irã. “A ação conduzida em relação à bandeira iraniana é antiética e contra o direito internacional.”

Os comentários do conselheiro foram relatados pela Tasnim News, cujo próprio perfil de mídia social inclui uma imagem de uma bandeira americana em chamas.

Os Estados Unidos e o Irã devem se enfrentar em um jogo crucial na terça-feira, que já estava repleto de conotações políticas e apostas altas: o perdedor, se houver, provavelmente será eliminado do torneio.

O Irã citou um regulamento específico da Fifa que diz que pedia penalidades para qualquer pessoa “que ofender a dignidade ou a integridade de um país, uma pessoa ou grupo de pessoas por meio de palavras ou ações desdenhosas, discriminatórias ou depreciativas (por qualquer meio)”.

A Fifa não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a disputa e é improvável que intervenha durante o torneio.

Mas a presença do Irã em campo já ganhou as manchetes: os torcedores que chegam aos jogos com a bandeira pré-revolucionária do Irã foram informados de que não é permitido entrar nos estádios, e os jogadores do Irã receberam elogios - e críticas - por se recusarem a cantar o hino nacional no jogo de abertura. , e então parecendo ir de má vontade na segunda vez que entraram em campo.

O porta-voz da U.S. Soccer, que pediu anonimato para discutir discussões internas, disse que a federação americana não foi contatada pela Fifa sobre as postagens nas redes sociais. Mas disse que apagou as duas postagens após uma série de discussões internas no domingo e que usaria a bandeira oficial do Irã no futuro.

Os jogadores americanos e seu técnico, Gregg Berhalter, não estiveram envolvidos na decisão de usar a bandeira incorreta ou de removê-la, disse o porta-voz.