Havaí abre disputa por título mundial e vaga olímpica no surfe

Os melhores do surfistas do mundo estão no Havaí, prontos para encarar, a partir de hoje, os desafiadores tubos de Pipeline. Durante o ano eles passarão ainda por Portugal, Austrália, EUA, El Salvador, Brasil, África do Sul e Taiti — uma peregrinação atrás de ondas e pontos em busca do título mundial e mais: uma vaga nos Jogos Olímpicos de 2024.

O circuito da World Surf League é a principal porta de entrada para as Olimpíadas de Paris, classificando dez homens e oito mulheres. O surfe será, na verdade, disputado no Taiti, no território ultramarino da Polinésia Francesa, a milhares de quilômetros da Torre Eiffel.

Em um circuito cada vez mais globalizado, países como Indonésia e Marrocos, pela primeira vez terão representantes. Mas o título deve novamente ser disputado por australianos, havaianos, americanos e brasileiros.

O Brasil venceu seis das últimas oito taças. Nas três temporadas mais recentes, as decisões foram totalmente verde-amarelas, com Filipe Toledo (2022), Gabriel Medina (2021) e Italo Ferreira (2019) saindo campeões.

A temporada marcará o retorno com força total de Gabriel Medina, que no ano passado ficou fora de algumas etapas para cuidar da saúde mental e depois sofreu uma lesão no ligamento do joelho esquerdo.

— Espero ter um ano excelente. Para mim é um ano muito especial, ano de classificação para as Olimpíadas e, claro, quero ganhar mais um título mundial. Mentalmente estou bem e preocupado só em surfar.

Com cada país podendo levar apenas dois atletas aos Jogos de 2024 — uma terceira vaga pode ser conquistada no World Surfing Games no ano que vem —, não é difícil imaginar como será acirrada a briga caseira entre os brasileiros.

— Neste ano, meu objetivo será uma vaga olímpica — avisa Filipe Toledo, que não conseguiu a classificação para Tóquio-2020, quando Medina e Italo representaram o Brasil.