Governo de SP adia divulgação de dados da CoronaVac, diz jornal
O governo de São Paulo não revelará o índice de eficácia da CoronaVac, imunizante produzido em parceria pelo laboratório chinês Sinovac Biotech e o Instituto Butantan, nesta quarta (23), como era previsto. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
No entanto, dados obtidos pelo jornal mostram que o imunizante tem eficácia superior a 50%, mínimo exigido para a aprovação de uma vacina, e o pedido de registro à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) será feito.
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O adiamento da divulgação dos dados acontece após o Sinovac Biotech pedir o envio da base de dados do Butantan para unificar e equalizar os dados com os ensaios realizados em outros países que testam o imunizante para evitar a divulgação de índices diferentes. O prazo máximo é de 15 dias e não deve interferir no plano do governo estadual de começar a imunização no dia 25 de janeiro de 2021.
Os resultados serão utilizados em um pedido de registro da vacina para a NMPA (Associação Nacional de Produtos Médicos), da China. De acordo com a legislação aprovada em fevereiro por causa da Covid-19, se um fármaco for aprovado em EUA, Europa, Japão ou China, a Anvisa tem três dias para avaliá-lo. Em caso de estouro do prazo sem justificativa teórica, o fármaco é autorizado a ser utilizado no Brasil.
De acordo com dados das duas primeiras fases de testes, conduzidos na China e publicados na revista científica Lancet, a vacina tem capacidade de produzir resposta imune em 97% dos casos. Os testes foram feitos em abril e maio com 744 voluntários saudáveis de 18 a 59 anos e sem histórico de infecção pelo novo coronavírus.