Equatoriano é vítima de racismo no anúncio da contratação pelo Vasco
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Manifestações racistas no futebol são, infelizmente, comuns de serem vistas, principalmente nos estádios e em postagens em redes sociais. Geralmente, os casos envolvem algum ato, como erro do jogador em campo. Mas no último sábado, torcedores inauguraram uma nova modalidade ao ofenderem um atleta no anúncio de sua contratação.
O Vasco da Gama anunciou a chegada de um reforço para a zaga, o equatoriano Luís Cangá, que atuou pelo Delfín nas últimas quatro temporadas. E mesmo sem nem ter chegado ao clube, o defensor foi alvo de comentários absurdos no Twitter.
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“Tiraram a foto de uma câmera de segurança, foi?”, dizia uma das respostas ao post vascaíno. “Foto de presidiário da porr4”, completou outro. “Parece aquelas fotos de jornal quando o cara é procurado”, postou outro usuário.
Até a manhã desta terça-feira, o Vasco não havia se posicionado sobre o comportamento da torcida. Atualmente, o clube tem como avatar uma imagem referente à luta antirracista.
Infelizmente, as redes sociais são palco para todo o tipo de manifestações preconceituosas. Neste ano, o atacante Richarlison foi alvo da torcida chilena após o Brasil vencer o Chile em partida das Eliminatórias para a Copa do Mundo. Os torcedores do rival foram ao Instagram do jogador e publicaram emojis de macaco.
Anunciado pelo Vasco, equatoriano é alvo de racismo. https://t.co/Ef6QSjDhwg#PorMaisRespeito pic.twitter.com/Y4biUZnN4w
— Observatório Racismo (@ObRacialFutebol) December 20, 2021
William, que hoje defende o Corinthians, também foi ofendido neste ano quando ainda defendia o Arsenal. Em fevereiro, ele mostrou mensagens de torcedores dizendo para ele “voltar para a selva” e o chamando de “macaco”. Na ocasião, o atacante declarou: “Algo precisa mudar”.
O caso mais grave desta temporada, no entanto, envolveu atletas europeus. Os ingleses Bukayo Saka, Jadon Sancho e Marcus Rashford, que perderam pênaltis na decisão da Eurocopa quando a Inglaterra foi derrotada pela Itália, receberam uma avalanche de ofensas racistas. O caso chocou o mundo e fez até o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se manifestar.