Classificação de Senegal coroa Cissé e homenageia ídolo Papa Diop
Aliou Cissé cravou seu nome ainda mais na história de Senegal. Como jogador, esteve com o time que foi até as quartas de final da Copa de 2002, melhor colocação de sua história, e também no vice-campeonato da Copa Africana de Nações do mesmo ano. Agora, como técnico, conquistou o título do torneio continental e vai às oitavas da Copa do Mundo do Catar.
Não havia dia melhor para a classificação de Senegal senão esta terça-feira (29), exatamente dois anos após a morte de Papa Diop, um dos maiores ídolos do futebol no país. Foi ele quem deu a vitória do time sobre a França, em 2002, na abertura da Copa do Mundo. Os franceses eram os atuais campeões mundiais.
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As homenagens a Diop foram muitas, desde a torcida até os jogadores. Faixas e pessoas pintadas com o número 19 nas costas estiveram entre as imagens vistas no estádio. Uma das faixas dizia que 'Um verdadeiro Leão nunca morre', em alusão ao apelido da seleção senegalesa, os Leões de Teranga. Nas entrevistas pós-jogo, todos citaram o nome de Diop.
'Foi um dia especial para os senegaleses. Nosso primeiro gol foi para Papa Bouba Diop. Hoje é o aniversário de sua morte. Nós realmente queríamos fazer algo grande para ele hoje. Ele foi a nossa infância, foi tudo para o futebol senegalês. Ele foi uma grande perda para nós. Hoje é para ele. É uma grande honra, tenho o número dele na minha braçadeira", declarou Koulibaly, que fez o gol que deu a classificação de Senegal.
O time precisou se reinventar nesta Copa do Mundo após a perda de Mané. Outros heróis, como Koulibaly, surgiram para preencher a lacuna.
Diop morreu aos 42 anos de idade, em 29 de novembro de 2020. Ele foi vítima de uma esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença com a qual conviveu durante anos.