Carlos Menem, ex-presidente da Argentina, morre aos 90 anos
Carlos Menem, ex-presidente da Argentina, morreu neste domingo (14), aos 90 anos. Uma grave pneumonia diagnosticada em 13 de junho, agravada pela diabetes, afetou seriamente a saúde do político, que atualmente ocupava o cargo de senador pela província de La Rioja.
Menem esteve internado no Instituto Argentino de Diagnóstico (IADT). Depois foi transferido para o Sanatório Los Arcos, para ser submetido a um exame de próstata, mas foi diagnosticado com uma infecção urinária que complicou seus problemas cardíacos.
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Na véspera de Natal, o ex-presidente apresentou insuficiência renal e ficou internado em coma. Chegou a se recuperar, mas acabou morrendo nesta mesma clínica.
O presidente Alberto Fernández lamentou a morte de Carlos Menem em suas redes sociais: “Com profundo pesar soube da morte de Carlos Saúl Menem. Sempre eleito pela democracia, foi governador de La Rioja, presidente da nação e senador nacional. Durante a ditadura, foi perseguido e preso. Todo o meu carinho para Zulema [ex-mulher], Zulemita [filha] e todos aqueles que o choram hoje”.
Con profundo pesar supe de la muerte de Carlos Saúl Menem. Siempre elegido en democracia, fue gobernador de La Rioja, Presidente de la Nación y Senador Nacional. En dictadura fue perseguido y encarcelado. Vaya todo mi cariño a Zulema, a Zulemita y a todos los que hoy lo lloran. pic.twitter.com/m3zYdQV781
— Alberto Fernández (@alferdez) February 14, 2021
Menem governou a Argentina entre 1989 e 1999, maior período ocupado por um presidente de forma ininterrupta. Com um programa neoliberal, priorizou as privatizações e importações que distanciaram o país da doutrina estatista e industrial histórica do peronismo do Partido Justicialista.
Durante sua gestão, estabeleceu a taxa de câmbio de 1 peso igual a 1 dólar, o que mais tarde culminou num grave crise no país, em 2001.