Campeã no Australian Open teve 428 duplas faltas em 2022
Aryna Sabalehka conquistou o primeiro Grand Slam de sua carreira aos 24 anos e mostrou uma confiança que muitos não viam no ano passado
Quem viu Aryna Sabalenka comemorando o título do Aberto da Austrália não imagina a dificuldade da bielorussa na temporada de 2022. Ela conquistou o primeiro Grand Slam de sua carreira aos 24 anos e mostrou uma confiança que muitos não viam no ano passado.
Apesar de alcançar o segundo lugar no ranking da WTA, ela acabou liderando o levantamento de duplas faltas cometidas, com exagerados 428. Para efeito de comparação, em segundo lugar ficou a russa Ekaterina Alexandrova, mas apenas com 289.
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Esses fantasmas assombraram Sabalenka quando ela estava no match point contra a cazaque Elena Rybakina com mais uma dupla falta cometida. O murmúrio do povo era explicável, naturalmente. A vitória foi selada no quarto match point para Aryna, e a emoção foi tanta que ela nem cumprimentou o árbitro.
Na coletiva após vencer seu primeiro Major, Sabalenka explicou que a chave para sua transformação foi ela passar a se respeitar mais e reconhecer que era uma boa jogadora.
“Sempre tive a estranha sensação de que não entendia por que as pessoas me pediam autógrafos se eu não era ninguém e não tinha um Grand Slam. Comecei a me respeitar e estava aqui pelo trabalho duro. Percebi que na verdade eu era uma boa jogadora e que sabia lidar com as emoções em muitas situações”, disse a campeã do primeiro Grand Slam do ano.
Sabalenka confessou que até o seu treinador - Anton Dubrov - disse-lhe que não sabia o que fazer e até sugeriu que procurasse outro treinador. “Eu sabia que não era por causa dele e que o problema era meu. Tínhamos que passar por isso juntos; agora está mais gostoso por ter vencido com ele”, garantiu Sabalenka.
No final, parece que sua "autoterapia" valeu a pena. “Eu me conheço bem e sei como administrar minhas emoções”, disse. Uma das tarefas que começou a empreender para tentar se revelar internamente foi, justamente, implementar uma atitude positiva. “Tenho tentado gritar menos quando joguei mal alguns pontos ou cometi faltas. Só estava tentando me conter, manter a calma e pensar no próximo ponto”, finalizou.