Solitária estrela
Em 2002.
Caiu o Botafogo.
Em 2014.
Caiu o Botafogo.
Em 2020.
Mas será que sobe?
Quem é que sabe? É crudelíssimo. Mas é real a preocupação.
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Até por não ter planejamento. Dinheiro. Estabilidade. Elenco. Time. Futebol. Padrão.
Perdão. Com o perdão da rima pobre. Sem recursos como está o clube.
E dificilmente terá em médio prazo. Para pagar o que deve. E o que está devendo não só pra credores, fisco, governo, o que for.
Não é só a pandemia. É o fiasco absoluto de administrações que devem para o próprio Botafogo. Para o botafoguense. Para uma história única como a estrela.
Cada vez mais solitária.
Não como estrela. Mas como um verme que consome entranhas. Que vai tirando peso, saúde, alegria, vitalidade, alma.
Teníase se chama cientificamente a infeção que carcome o clube como outros nomes impróprios que adoecem o clube. Futebol e Regatas que se uniram para formar algo maior. Hoje à deriva. Soçobrando no que sobra da história e glória que ainda rema contra a maré.
No rumo que a estrela ainda guia.
A essência da chama do Botafogo.
E pode chamar a sociedade anônima, os famosos nomeados, os que põe a cara a tapa, os que querem só fogo ou só fama.
O Botafogo caiu. Pela terceira vez.
Mas eu infelizmente não sei mais quando volta. Como volta.
Só sei que o futebol como um todo precisa abrir a mão e os braços. Ajudar a trazer pra nau quem nos levou pra todos os cantos do mundo que o Botafogo ajudou o Brasil a conquistar.
Como?
Não sei.