Ao L!, advogado explica situação de lateral Marcinho: 'Praticamente impossível haver prisão'
O caso onde o ex-lateral direito do Botafogo Marcinho atropelou duas pessoas, em dezembro, teve um novo capítulo nesta semana. Com a chegada do inquérito ao Ministério Público, o LANCE! conversou com o advogado e especialista no assunto Sergio Rodrigues Russo Vieira para entender quais os próximos passos da história.
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De acordo com o membro da Comissão Nacional de Sociedade de Advogados junto ao Conselho Federal da OAB, primeiramente, o Ministério Público denuncia o caso para então ser decidido se o processo será arquivado ou se haverá uma solicitação de novas diligências. Todo o encaminhamento ocorre depois do envio do inquérito por parte do delegado Alexandre Luxardo, da 42ª DP (Recreio), na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que aconteceu nesta semana.
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Em entrevista recente, o delegado assumiu que há "provas robustas" contra o jogador. Marcinho é acusado por duplo homicídio culposo pelo atropelamento de duas pessoas na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, no último dia 30 de dezembro.
O jogador, que atualmente está sem clube, atropelou Alexandre Silva de Lima, que morreu no local, e Maria Cristina José Soares, falecida sete dias após o acidente por complicações do atropelamento.
Questionado sobre a possível punição ao ex-Botafogo, Sergio Rodrigo explica que não deve haver prisão no caso e reforçou que o jogador, mesmo sendo uma figura pública, não seria beneficiado na Justiça por sua profissão.
- Sendo culposo o homicídio, pena de um a três anos. Considerando culposo, não haverá somatório das penas. É praticamente impossível haver prisão em um caso destes.
Embora o presidente da Comissão de Sociedades de Advogados no Amazonas não avalie que o caso deva terminar em prisão, ele salienta que, caso a Justiça entenda que houve omissão de socorro, a situação poderia se agravar.
- Se ficar provado que ele poderia prestar socorro sem risco pessoal e não fez, a pena é aumentada.
A defesa de Marcinho afirma que o jogador não buscou socorro após atropelar as duas pessoas por "medo de linchamento". Logo, ele acelerou o carro e deixou as vítimas no local.
Por último, caso haja condenação, Marcinho ainda poderia recorrer da decisão no tribunal e, depois, no Supremo Tribunal de Justiça e Superior Tribunal Federal.
*sob supervisão de Ricardo Guimarães
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