A evolução demográfica do futebol feminino nas 10 principais ligas do planeta
Felizmente, o interesse pelo futebol feminino tem aumentado. O sucesso dos torneios entre seleções serviu como estímulo para que os clubes investissem mais em suas próprias equipes. Aproveitando esta expansão, o Centro Internacional de Estudos Esportivos (CIES) levantou uma série de dados sobre a categoria entre os anos de 2017 e 2021. O recorte envolve as 10 maiores competições mundiais e variáveis como a idade, ligas com mais expatriadas – e principais países de origem –, número de atletas por elenco, entre outros.
As ligas que compuseram o estudo pertencem aos Países Baixos, Noruega, Alemanha, Austrália, Suécia, Itália, França, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos. De cara, fica constatado, desde 2017, um aumento do número médio de jogadoras por equipe. Houve uma ligeira queda em 2020, como reflexo da Covid-19. Os dados foram colhidos até o dia 7 de junho de 2021.
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Nas dez ligas estudadas, o percentual de expatriados passou de 21,6% em 2017 para um recorde de 33,0%, em 2021. O desenvolvimento da categoria na Europa tem incentivado que atletas dos Estados Unidos busquem o continente. Eram 87 jogadoras por lá, de longe a nação com maior número de expatriadas. Logo atrás, a Suécia (39) e o Canadá (37).
Os clubes tradicionais masculinos também passaram a investir mais. As primeiras 15 posições de clubes com maior número de atletas que já atuaram por seleções são compostas por 14 equipes cujos homólogos masculinos disputam as cinco principais ligas europeias.
Idade média das jogadoras
A idade média das jogadoras com minutos em campo aumenta continuamente: de 24,3 em junho de 2017 para 25,3 em junho de 2021. Também em junho de 2021, seis das oito equipes com as atletas mais velhas em campo eram dos Estados Unidos. Na outra ponta, cinco times holandeses eram os mais jovens dos 115 pesquisados.
Atletas longe do país de origem
O crescimento do número de jogadoras que cresceram numa federação diferente da do clube empregador atual foi de 21,6%, em junho de 2017, para 33% em junho de 2021. Muitas das equipes mais fortes são compostas por atletas que são de federações diferentes dos clubes que defendem atualmente. No Arsenal e no Atlético de Madrid, elas atuaram mais de 70% do tempo de jogo. Americanas estão presentes em todas as ligas estudadas.
Os clubes com mais selecionáveis
A porcentagem de minutos por jogadoras que compõem seleções aumentou de 39,9% em 2017 para 45,9% em 2021. Na última temporada analisada, essa parcela atuou mais da metade dos minutos nas ligas inglesa (66,2%), americana (52,9%) e francesa (50,7%). A equipe do Wolfsburg possui o recorde de internacionalizações, com 23 atletas que já passaram por alguma seleção.