Jogadoras recusam seleção espanhola e querem técnico demitido
A seleção feminina espanhola está em crise depois que 15 jogadoras disseram que se recusarão a jogar até que o técnico Jorge Vilda seja demitido.
A Federação Espanhola de Futebol (RFEF) disse ter recebido 15 e-mails pedindo a demissão de Vilda, com as jogadoras dizendo que a situação atual afeta “significativamente” seu “estado emocional e saúde”.
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Em um comunicado extraordinário, a RFEF rejeitou a convocação e ameaçou banir as amotinadas se não “aceitarem seu erro e pedirem perdão”.
"A RFEF não vai permitir que as jogadoras questionem a continuidade do selecionador nacional e da sua comissão técnica, já que tomar essas decisões não é da sua competência", diz o comunicado.
A federação disse que só quer jogadoras “comprometidas” e insistiu que colocaria jogadoras jovens em campo se necessário.
“Esse fato passou de uma questão esportiva para uma questão de dignidade. A seleção não é negociável. É uma situação sem precedentes na história do futebol, masculino e feminino, na Espanha e no mundo", seguiu a entidade máxima do futebol espanhol.
“A seleção precisa de jogadoras comprometidas com o projeto, defendendo nossas cores e orgulhosas de vestir a camisa da Espanha. As jogadoras que pediram demissão só voltarão à disciplina da seleção no futuro se aceitarem seu erro e pedirem perdão.”
Vilda, tem 41 anos e assumiu o comando da seleção em 2015.
A Espanha foi eliminada da Euro 2022 para a anfitriã Inglaterra nas quartas de final. Desde então, venceram duas partidas pelas eliminatórias da Copa do Mundo contra a Hungria e a Ucrânia.